Queria me dizer triste; criei uma metáfora sobre unicórnios confinados. Para as críticas, destruí as construções gramaticais e – letra após letra e novos acentos – inventei uma nova linguagem. Só para me frisar livre. Celebrei Borges e vacilei ante às bifurcações para contar que estava entediado num fim de semana qualquer.
No entanto.
Quando meu rosto recebia o carinho de outro, falei da tristeza sem texto, sem prezar pela construção de frases. Ao me indignar com um mal-atendimento na livraria, fui direto e moderadamente agressivo. Quando estive entediado, deixei o tempo passar e falei de futebol, música pop e do frio que chegou.
Cada grito tem seu espaço. Pergunte ao eco.
No entanto.
Quando meu rosto recebia o carinho de outro, falei da tristeza sem texto, sem prezar pela construção de frases. Ao me indignar com um mal-atendimento na livraria, fui direto e moderadamente agressivo. Quando estive entediado, deixei o tempo passar e falei de futebol, música pop e do frio que chegou.
Cada grito tem seu espaço. Pergunte ao eco.
Um comentário:
Evoé, Robin!
Delícia de poético no que tem de mais prosaico, o melhor texto teu com que me lembro de ter lidado. Sutil e cristalino apesar e até mesmo assim gritado. Preciso em cada palavra no todo precioso de mosaico.
Abreijos textuais
Davis
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