23 de junho de 2008

Des-coletiva

( Indian dancer, 1930, Hanna Höch)


Lugares oníricos existem, eu temo em tomar o primeiro ônibus que passa.
Fico estarrecida com a minha falta de foco, o olho desforra o abecedário. Miopia ao contrário, fato já muito dado. Não li as letras pequeninas.

Quero partir num Coletivo com pátria criola. Desça ao sul e na cabeceira um vulcão. Eu me naturalizaria "despátria". Glauber seria o mestre. E Antigua o nome da minha toada.

No seio esquerdo, a libélula
Encruzilhada de jabuticaba
Seios abertos
Respiração engavetada.

Um comentário:

Davi Araújo disse...

Se eu me caso contigo
terei essa cidadania?
Vai para onde te sigo
e moraremos na poesia!