23 de outubro de 2009

As partes homogêneas separam se das heterogêneas nas ruas os corpos se enlaçam e conjugam se. Por trás dos postes a putrefação que abre caminho. A luz recusa tão decididamente qualquer tipo de fedor que por consenso provoca a escuridão. Pequenas criaturas limítrofes destroem se mutuamente. Enxertos de horizontes farpados esburacados de auroras morcegos sugados por mil mamilos. Inoxidáveis fiveladas no bico dos rouxinóis enferrujados. A cinta-liga que aos índios namora. O tempo que é história que é mentira. Cidadãos de teor precocemente vespertino encontram razão para acordar as seis da matina. O desespero que escolhe o coito faz do erotismo um roer o porco. O gozo dos moços encaixa se nas partes das bucetas gemendo culturas. O caldeirão francês se adequa às cinturas de baitolas bailam as cinderelas carcomidas por dores enquanto vespas lêem Sade e vão à desforra A sociedade que é adaga e que é maminha. A feijoada em cima da moça se aninha. São anos de mentiras patrióticas, quem sabe o cálice da verdade derramado na menina. Um torvelinho se agiganta e comove o mar com suas histórias. Brasileiros amores enfileirados nas grades das escolas. O futuro não mais inventado nas faces das crianças se faz mal-elaborado. Postos de confusões nos bairros são instalados na fundura do tráfico que emprega alguns perrapados. O mundo de oportunidades vis estendidas nos outdores os orifícios santos a todos consomem. São buracos negros aglutinados às gengivas, enquanto o tesão pela má sorte sempre aproxima o homem da morte. A dor que todo mundo tem e ninguém entende por causa do darwinismo cósmico. O mais forte e o mais fraco se aprumam nos sapatos de Apolo, são pólos apolíneos nos quais esgarçam todos os esforços. A algazarra seduz. São muitos os milhos para nós porcos.

Romiéri e Icaro.