8 de agosto de 2008

Palavras-valsa Pseudo-falsas

Rogai por nós agora e na hora do nosso nascimento.
T.S. Eliot

As mães não querem mais filhos poetas.
Hilda Hilst

OVNIs passariam despercebidos neste céu despedaçado por cegonhas bio-mecânicas & seus micros-bebês de silício bombardeáveis sob o bater de asas do amor à direita de quem vê & nessa arquitetura interminável de lixo cósmico despencando serial o insondável do outro olho dos tubarões-sereias ainda adolescentes de Schiele vê as próprias gargantas-filtro a engolir castrados meteoros koscher & nisso contemplo o pus das constelações de nata dançando através das laringes das nuvens de lingerie agonizando tempestades radioativas sobre uma moribunda defloração dessa natureza imprevista por São João & é porque gosto das gotas do complô de chumbo a fuzilar flamingos ácidos fluorescentes de se olhar sem qualquer motivo aparente que me dou ao luxo de revelar tudo em cores desse tamanho & assim como Hitler/Caligari amo masturbar todas as andorinhas cíclicas ancoradas no verão bienal do meu inferno retorno contemporâneo & não saímos com ESCândalo da catastrófica estrofe esquartejando quadris de ABABelar ventres mais livres de se cauterizar com pólvora & sei que insólito existe um escopo de beleza indecifrável nos cânceres de pele inadjetiváveis da estação que Resnais/Duras & anti-hipocráticos semi-deuses de branco extirpam eficientes os pacientes vestidos com a nudez dos respectivos tumores-step sobressalentes excedentes da produção em massa de pizza & os estudos mais loucos da paisagem descolorada de tão cândida mancham vertigens do se achar perdido in ver nada demais em soterrar de bombas a Academia & os sem-terra vão ser sem-teto na reforma agrária das necrópoles de novas florestas petrificadas quais totens dos índios gripados pela idade repentina dos metais medalhistas & só com esse ar lavrado de cromossomos embriono-me andarilhado pelas pedras da calçada onde se desolam os meus pisantes de Pompéia a Hiroshima & o cogumelo da ironia irrompe com mil caralhos que são o mesmo tsunami nas várias performances a fazer canoas afundar no turbilhão de sargaços da maré baixa da consciência & meu corpo não me abandona mais se as minhas almas pálidas não querem se confederar na magna solidão vulcânica dos meetings sionistas de NY & quadrilhas de pianistas com dedos reumáticos digitam notícias históricas de delícias histéricas para serem quadrinizadas na arte seqüencial dos últimos orgasmos do outono & a nossa prof. Aníssima é ainda toda MSNorte da demi-ideologia em Estado de graça por que co-leciona lugares in loco com tudo pago pelo Feminismo & essas memórias dos mares natimortos fazem cócegas no meu nariz groucho-marxista enquanto calejam realidades mais recalcadas num calcanhar de Aquiles de forte chulé & aí há uma janela de silêncios deserdados no que grasna um corvo-escorbuto para a rosa flor de laranjeira bem grafitada numa cova olímpica no Tibete & ela está dissecada estéril na mesa ginecológica de Burroughs parecendo uma ossada de clone de cavalo baio ao molho herói & Ícaro daria todo um unicórnio por pégaso ou dar-se-ia até um reino deste mundo por um centauro mesmo desmontado & a esse produto da queda vêm destroçar os mestres-escravos que alheios em coro chupam tais ossos a roer até os próprios dedos aciganados por anéis de escambo & no nanoscópio femoral vejo com eles um demônio de Giger fossilizado na descoagulação do chouriço cavalheiresco desse hiper-animal maquinal o Golem/Frankenstein das eras & todas as haciendas/plantations de maconha da América não bastam para nos embotar os estertores sincopados de abortos-haraquiris contra os Pro-Life da Opus Dei & na jardinheiragem dos prólogos as primas cobras-cravo temperam as artérias que brotam do Terceiro Mundo 3D desde o Sol desconjuntado por mornos espantos estivais & seus venenos raciocinantes de insípidas sépias desabrocham dos semblantes encalacrados da História da Civilização Acidental & na teodicéia de mônada dos nossos cus entupidos por relóginhos cor-de-rosa pulsa um ao redor da catapulta-porrada de Deus onde voltam a nascer os mais monótonos entressaias & essa é bem aquela retardada que continuaria postergando a hora do renascimento dos príncipes-mandrágoras alucinados de néon com aspirinas & a raiva seca do grande estio deste mês de cachorro louco é o oito/oito/oito a trindade de infinitos hidrófobos quando afinal irrompe a abóbada celeste a pingar suor desde o períneo do Senhor & toneladas de refluxos são insanos regurgitados do alto mais perpendicular aos dilúvios sobre o sacrifício da Alphavella do terceiro milênio a contar carneiros para ver se nos ressuscitam & Stravinsky sempre sangra a primavera inverossímil dos mísseis teleguiados por mais óleo esburacando ninfas emburcadas no errado de um tempo-espaço descoordenado & os carros analgésicos do horário nobre alçam funcionários do décimo terceiro salário dos últimos juros sobre juros da replicância capetalista & a reflexão embaçada está na Lua cheia agora vazia no mar da tranqüilidade onde já habitaram ratos suíços que são mirantes de ozônio para serem marketings de silicone com tudo marchetado no esquecimento & esse satélite sobrenatural se invertebra calendarioso na mesma sombra com que empalara um escafandrista vermelho que nos acusou de azuis & a música plena da idiotia que rebola em uníssono não é fúnebre como o ouro verde tirado com arte bruta do nariz da vaca de nariz sutil & nos flashbacks das séries de TV venérea o ciclope caolho das verdades mastiga Robinsons e cabras coalhados de pincéis-tocha na mão com gritos & a senhora Europa é um zoológico de bacharéis onde quem colhe e recolhe dejetos abjetos é o fantasma tarado de um Velho Incontinente que ainda ronda & é o perverso da medalha que me põe comovido como cavaconhaque dentro dos corredores de anais onde tantos Van Goghs se suicidam pela orelha de couves do Pentateuco & ninguém entende o inteligível das receitas para se fazer Fellinis com fezes inabaláveis nas mímicas ensurdecedoras dos miolos descongelados nos micro-ondas da imaginação carnavalesca & a fome voraz grassa nos afro-cernes marionetes do mundo podre de pobre de espírito de porco zombeteiro & as madrugadas travestidas de noite nos embotecam sabujos abrindo bares desde que raiam Sibérias de um mesmo dia amante eterno riscado de giz caucasiano & cada vez mais minha pro-confissão é de não ter desrazão suficiente para orar com dois punhos serrados no horizonte semicerrado dos olhos de Galileu & ainda neles sempre é onde um pastor-espada recordista testemunha de Saravá ou até pior um globo-cu-lar de padre-martelo prega uma linha devida mais certa nas mãos tortas de outro poeta cuja pena já era um escrever para devolver toda essa AIDS.

quando de um
8 oito VIII
por Romiéri &
Aleph Davis